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Na manhã deste sábado (22 de novembro de 2025), o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A medida foi tomada para garantir a ordem pública, após autoridades identificarem possíveis riscos decorrentes de uma vigília convocada em apoio ao ex-presidente e de uma violação registrada na tornozeleira eletrônica utilizada por ele.
Motivos da decisão judicial
A ordem de prisão preventiva apontou dois elementos principais:
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Violação da tornozeleira eletrônica, registrada durante a madrugada, interpretada como possível tentativa de fuga ou descumprimento das medidas impostas.
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Convocação de uma vigília em frente ao condomínio onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, gerando risco de aglomeração e potencial obstrução do trabalho da Polícia Federal.
Segundo informações divulgadas pelas autoridades, a mobilização poderia comprometer a fiscalização e aumentar tensões em um momento de medidas judiciais delicadas.
Destino após a prisão
Bolsonaro foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde permanecerá em sala especial destinada a autoridades.
A prisão preventiva não representa o início do cumprimento de sua pena, mas sim uma medida cautelar aplicada diante de indícios de risco à ordem pública e descumprimento de restrições anteriores.
Contexto legal e político
O ex-presidente foi condenado em setembro pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão, acusado de envolvimento em articulações antidemocráticas.
Desde agosto, Bolsonaro estava em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. A nova decisão revoga essa autorização e endurece as condições impostas pela Justiça.
Reações e impactos
A vigília convocada por aliados reforçou o caráter político do momento, mas também contribuiu para a avaliação das autoridades sobre riscos de instabilidade e possíveis tentativas de mobilização contrária à ordem judicial.
A defesa do ex-presidente tem reiterado que ele enfrenta problemas de saúde e solicitou anteriormente a manutenção da prisão domiciliar, argumento que não foi acatado pela decisão recente.
Avanço para a Justiça brasileira
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro reforça o entendimento de que a Justiça brasileira age com rigor em situações que apresentam risco à ordem pública, independentemente do cargo ou posição de quem é investigado.
Ao mesmo tempo, abre novas discussões sobre o equilíbrio entre medidas cautelares, garantias constitucionais e o impacto de manifestações políticas em processos judiciais de grande repercussão.
Por, Clóvis Kallycoffen (DRT:7412/DF)



