📅 10 dez 2025

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Mãe perde bebê em Tanhaçu após relatar negligência médica no Hospital Municipal

Caso levanta questionamentos sobre protocolos, estrutura e conduta profissional na rede pública de saúde do sudoeste baiano

Uma mãe denunciou suposta negligência médica após perder o filho durante o trabalho de parto no Hospital Municipal de Tanhaçu, no sudoeste da Bahia. O caso, ocorrido em 16 de novembro, reacende preocupações sobre a falta de estrutura, divergência de condutas entre profissionais e possíveis falhas nos protocolos de atendimento.


Relato de vulnerabilidade e desencontro de informações

Segundo a mãe, Isadora Pereira, o atendimento começou de forma confusa. Ao chegar à unidade, teria sido informada pelo médico de plantão que o hospital não possuía condições estruturais para realizar o parto, motivo pelo qual seria iniciado o processo de regulação para outra cidade.

Entretanto, no dia seguinte, com a troca de equipe, outro médico teria tomado decisão oposta: iniciou a indução do parto, afirmando que o procedimento poderia ser realizado no próprio hospital. A família afirma que não recebeu explicações claras e que procedimentos foram feitos sem consentimento.


Asfixia ao nascer e regulação tardia

A situação teria se agravado rapidamente. Isadora afirma que a regulação para outra unidade só foi efetuada de última hora, quando seu quadro já apresentava risco. Ela foi encaminhada ao Hospital Municipal de Brumado, onde o parto ocorreu de forma rápida. O bebê, porém, não resistiu a uma asfixia grave ao nascer.

Para a família, a demora, as decisões contraditórias e a falta de comunicação entre os profissionais configuram uma sequência de falhas graves que podem ter contribuído para o desfecho.


Família cobra investigação e responsabilização

Abalada, Isadora afirma ter se sentido “enganada, vulnerável e exposta” durante todo o processo. A família informou que já tomou medidas legais para que o caso seja apurado pelas autoridades competentes.

Enquanto isso, o episódio levanta questionamentos sobre a estrutura disponível, a coerência das condutas médicas, o cumprimento de protocolos de segurança obstétrica e a efetividade dos mecanismos de regulação de urgências na região.


Impacto e repercussão

Moradores de Tanhaçu e municípios vizinhos têm demonstrado preocupação com a repetição de casos semelhantes na região, especialmente envolvendo gestantes em situação de emergência. O caso de Isadora se soma a um histórico de reclamações sobre a necessidade de melhoria na rede de atenção materno-infantil.

Por, Clóvis Kallycoffen (DRT:7412/DF)

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