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Belo Horizonte – A capital mineira vive um momento de profunda comoção e reflexão com o falecimento de Fuad Noman, prefeito reeleito que, aos 77 anos, deixou um legado marcado pela determinação e dedicação à administração pública. Em meio a desafios pessoais e de saúde, Noman enfrentou uma série de complicações que culminaram em sua morte nesta quarta-feira (26).
Internado desde o dia 3 de janeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei, na Região Centro-Sul da cidade, Fuad Noman lutava contra um quadro clínico grave. Na noite de terça-feira (25), uma parada cardiorrespiratória agravada por insuficiência renal aguda desencadeou um choque cardiogênico, condição na qual o coração não consegue bombear sangue de forma eficaz para os órgãos vitais. Apesar das tentativas de reanimação e do uso de doses elevadas de medicamentos vasoativos e inotrópicos, o quadro clínico evoluiu de forma irreversível.
Após assumir a Prefeitura de Belo Horizonte em março de 2022, em um momento de transição promovido pela saída de Alexandre Kalil para disputar o governo de Minas Gerais, Fuad Noman se destacou pela capacidade de enfrentar desafios e buscar soluções para a cidade. Sua trajetória política foi reafirmada nas eleições de 2024, quando venceu o adversário Bruno Engler (PL) no segundo turno, com 53,73% dos votos válidos, demonstrando a confiança dos cidadãos em sua liderança.
No entanto, mesmo com o reconhecimento político, a saúde do prefeito se deteriorava progressivamente. Diagnosticado com Linfoma não Hodgkin meses antes, Fuad Noman passou por diversas internações que, segundo relatos, agravaram seu estado clínico. Desde sua posse virtual, a enfermidade impactou diretamente sua rotina e sua capacidade de governar, levando a uma série de desafios pessoais que se refletiram na administração municipal.
Durante o período em que Fuad Noman lutava contra a doença, o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil) assumiu interinamente a gestão da prefeitura, mantendo a continuidade dos serviços públicos e assegurando que a cidade não ficasse sem liderança. A transição, embora motivada por uma situação de emergência, evidenciou a capacidade de adaptação e o compromisso com o bem-estar dos munícipes.
A notícia do falecimento de Fuad Noman provocou reações de pesar e solidariedade entre políticos, lideranças comunitárias e a população de Belo Horizonte, que reconheceram sua luta e a importância de sua contribuição para a cidade. Familiares e amigos ressaltam que, apesar dos desafios impostos pela saúde, o prefeito sempre demonstrou coragem, humanismo e um compromisso inabalável com a melhoria da vida dos cidadãos.
Por, Clóvis Kallycoffen
