Imagem divulgação
O Brasil saiu oficialmente do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (28) e representa um avanço importante na política de combate à fome e à insegurança alimentar no país.
De acordo com os dados divulgados pela ONU em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o Brasil atingiu uma média inferior a 2,5% da população em situação de subnutrição, marca que é considerada o limite para a exclusão de um país do levantamento global.
Avanços registrados entre 2022 e 2024
O estudo leva em consideração a média dos anos de 2022 a 2024, período em que foram intensificadas as ações de redistribuição de renda, segurança alimentar e proteção social em todo o território nacional. De acordo com o governo federal, os programas de transferência de renda, como o novo Bolsa Família, além de políticas públicas integradas com estados e municípios, foram fundamentais para reverter o cenário alarmante dos últimos anos.
Retorno ao mapa em 2021 e recuperação
O Brasil havia retornado ao Mapa da Fome em 2021, como consequência direta da crise econômica e social agravada pela pandemia da Covid-19. Na ocasião, o país registrou níveis preocupantes de insegurança alimentar, afetando milhões de famílias em situação de vulnerabilidade.
A última vez que o Brasil havia saído do levantamento foi em 2014, após quase 12 anos de esforços contínuos. O retorno precoce à lista em 2021 representou um alerta crítico para autoridades, organizações civis e sociedade.
Reconhecimento internacional e novos desafios
A saída do Brasil do Mapa da Fome é vista como um reconhecimento internacional dos avanços sociais recentes, mas especialistas alertam que o desafio de manter o país fora da lista exige políticas públicas permanentes, fiscalização rigorosa e investimentos contínuos em alimentação saudável, agricultura familiar e inclusão social.
O governo brasileiro celebrou a conquista, mas destacou que ainda há regiões com índices elevados de insegurança alimentar, especialmente nas periferias urbanas e no semiárido nordestino, exigindo atenção especial das políticas públicas.
Compromisso com a segurança alimentar
Com a nova posição fora do Mapa da Fome, o Brasil volta a ocupar um espaço de liderança regional no combate à fome, sendo observado como exemplo por outros países da América Latina. O desafio agora é garantir a continuidade e a expansão das políticas públicas que sustentaram essa recuperação.
Por, Clóvis Kallycoffen