No dia 17 de abril de 2025, a Petrobras anunciou que reduzirá em R$ 0,12 por litro o preço do diesel vendido às distribuidoras, a partir de 18 de abril, impactando em cerca de R$ 0,10 a menos na bomba. Essa medida soma‑se à queda de R$ 0,17 anunciada em março, revertendo parte do aumento de R$ 0,22 registrado em janeiro, e reflete a queda do petróleo internacional, influenciada pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que dialogou com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, vinha defendendo ajustes após a valorização do dólar e o recuo no Brent. A expectativa é que o consumidor sinta alívio nos valores praticados nos postos, ainda que a composição de 86% de diesel fóssil e 14% de biodiesel modere o repasse integral da redução.
Redução anunciada
A Petrobras comunicou que, a partir de sexta‑feira (18/04), o preço do diesel A nas refinarias cairá de R$ 3,55 para R$ 3,43 por litro, um corte médio de R$ 0,12 por litro para as distribuidoras. Na ponta, a estatal estima redução de R$ 0,10 no valor final ao consumidor, devido à mistura obrigatória que combina 86% de diesel fóssil e 14% de biodiesel. Segundo despacho oficial, a parcela da Petrobras na composição do preço chegará a R$ 2,95 por litro.
Para entender
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Data de vigência: 18 de abril de 2025
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Valor nas refinarias: R$ 3,43 por litro
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Corte para distribuidoras: R$ 0,12 por litro
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Redução estimada na bomba: R$ 0,10 por litro
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Mistura obrigatória: 86% diesel fóssil + 14% biodiesel
Motivos da queda nos preços
A sequência de cortes reflete a desvalorização do barril de Brent no mercado internacional, pressionado pela disputa comercial aberta com os Estados Unidos após a imposição de tarifas, o que freou as perspectivas de demanda global por petróleo. Além disso, as oscilações do dólar em patamares menos elevados colaboraram para ajustar os preços domésticos de combustíveis.
Impacto para o consumidor
Com a composição do diesel B (mistura de diesel A e biodiesel), o consumidor deve perceber, a partir de sexta‑feira, uma queda média de R$ 0,10 por litro nos postos de combustível . Em muitas regiões, esse alívio no bolso será bem‑vindo num contexto de inflação ainda próxima das metas do Banco Central.
Avaliação do governo
O ministro Alexandre Silveira afirmou estar “confiante” na possibilidade de novas quedas, desde que se mantenha o patamar atual do Brent e do câmbio . Em princípio, pediu à CEO da Petrobras, Magda Chambriard, uma análise sobre mais cortes no preço do diesel, considerando a recente trajetória de queda do barril.
Histórico de ajustes recentes
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1º de abril: corte de R$ 0,17 por litro, anunciando um valor médio de R$ 3,55 nas refinarias.
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Janeiro de 2025: aumento de R$ 0,22 por litro, elevando o preço nas refinarias para R$ 3,72, o maior reajuste no início do ano.
Próximos passos
Analistas projetam que novas flutuações no mercado internacional poderão ensejar mais ajustes. O governo federal, como acionista majoritário, acompanha de perto as condições de oferta global e a dinâmica cambial, mantendo interlocução direta com a diretoria da Petrobras.
Por, Clóvis Kallycoffen