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Um peixe-leão, espécie exótica e altamente venenosa, foi capturado no último sábado (19) por moradores da comunidade de Taipu de Dentro, em Maraú, no baixo sul da Bahia. O caso chamou atenção de ambientalistas e acendeu um alerta sobre os riscos ao ecossistema marinho da região.
Originário do oceano Indo-Pacífico, o peixe-leão possui 18 espinhos venenosos e foi encontrado em um estuário, área de grande importância ambiental que funciona como berçário natural para várias espécies e barreira contra impactos das mudanças climáticas.
Segundo Stella Furlan, bióloga da Secretaria do Meio Ambiente de Maraú, o animal será utilizado em pesquisas científicas, dada sua capacidade preocupante de reprodução: uma única fêmea pode liberar até 30 mil ovos a cada 26 dias. “Eles se alimentam de peixes menores — cerca de 30 a cada 20 minutos — e não possuem predadores naturais, o que representa uma ameaça real à biodiversidade local”, explicou.
A bióloga também orienta que, ao avistar a espécie, não se deve tocá-la com as mãos, devido ao risco de acidentes graves como dores intensas e até convulsões. A recomendação é registrar o avistamento e acionar imediatamente o Inema ou a Secretaria do Meio Ambiente do município.
A situação reforça a necessidade de união entre pescadores, moradores e pesquisadores para conter a disseminação do peixe-leão e proteger os ecossistemas da Bahia.
Por, Clóvis Kallycoffen
